REFLEJOS DE ÁGUA

Como se o azul mais vasto dos segredos
ainda voltasse com as borboletas pelos caminhos do sul,
o corpo, inclinado sobre o mar do tempo
cansa-se rente aos muros da idade.
Pedras de água e luz, os dedos,
famintos das sementes húmidas que já foram
balbucio do desejo
ardendo no sismo da pele.
Eduardo Bettencourt Pinto
Fotografía: Elliot Erwitt

No hay comentarios: