ÍNDICO

Agora que o mar muda sua cor
e o vento despentea a sua superfície
em miles de rebentos cristalinos,
as ondas morrem sem pausa nesta praia deserta,
nua como o fim do día,
como as últimas horas da tarde.
Onde a respiração se faz mais sentida
e se procura qualquer coisa que está longe
e que se sente funda,
à deriva em nós,
alguma coisa que canta
distante
e sabe também
a-mar.
Fotografía: Bill Brandt

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